Sobre Nós

QUEM SOMOS NÓS DA PASTORAL DA JUVENTUDE

Hoje me sinto mais forte

Mais feliz quem sabe

Almir Sater

 

             A Micro Cacau é parte integrante da Diocese de Imperatriz - Ma e, principalmente, somos um elo desta corrente mundial que é a Pastoral da Juventude, coordenados por Deus e guiados pela fé nele.

                Identidade é o conjunto de características e circunstâncias que distingue pessoas ou coisas e graças a esta é possível individualizar-se (Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa).  Normalmente se discute identidade1 quando queremos afirmar quem somos, nosso lugar no mundo e também do que é próprio da nossa natureza. No caso da Pastoral da Juventude Nacional – PJ, ao se falar de identidade ela quer deixar claro qual é a sua tarefa, o seu jeito de ser, fazer, celebrar, valorizando o potencial criativo dos jovens.
                A partir de 1994, a PJ, em seus Encontros Nacionais, foi buscando clarear a sua identidade enquanto grupo organizado da igreja e que pertence ao conjunto das Pastorais da Juventude do Brasil2. Em Divinópolis, em 1996,ela pontuou sete aspectos como sendo sua identidade:

  1. Somos jovens das diversas realidades regionais do país, na maioria empobrecidos e, a exemplo de Jesus Cristo, fazemos opção pelos pobres e jovens. Nos encontramos em grupos para partilhar e celebrar a vida, as lutas, sofrimentos e cultivar a amizade a partir de uma formação integral e mística própria.
  2. Somos grupos de jovens motivados pela fé, atuando dentro das comunidades eclesiais, a serviço da organização e animação das comunidades.
  3. Atuamos também na sociedade, inseridos nos movimentos sociais, com destaques para a participação política partidária, movimentos populares e outras organizações que lutam em defesa da vida e da dignidade humana.
  4. Nos organizamos a partir das coordenações dos grupos, paróquias, setores ou regiões pastorais, dioceses e regionais, ligados a Igreja do Brasil e da América Latina. Assim construímos e registramos nossa história, criando unidade na diversidade.
  5. Diante de uma política desumana de manipulação dois meios de comunicação social e de uma realidade tão diversa, ousamos assumir e propor os projetos da Pastoral da Pastoral da Juventude do Brasil, como alternativa na construção da Civilização do Amor, sendo presença gratuita e qualificada no meio da juventude, atuando também em parceria com outras pastorais e organizações da sociedade.
  6. Somos Pastoral da Juventude – PJ – organizada no Brasil, com linha definida e metodologia própria, aberta ao novo e acolhimento dos anseios da juventude, garantindo o seu protagonismo, evangelizando de forma inculturada na realidade em que vivemos.
  7. Somos jovens felizes, apaixonados, ternos e motivados pela fé. Encaramos a vida com potencial criativo muito grande, valorizando a arte (dança, poesia, música...) o lazer, o corpo, o símbolo, a cultura, com ardor, sonhos e amor pela causa do Reino.

 

NA CONSTRUÇÃO DO REINO

Somos quem podemos ser

Sonhos que podemos ter

Engenheiros do Havaí

  1. Sonhamos com uma juventude3 participativa, consciente, engajada e formada, sabendo e conhecendo seu meio e a sua realidade; uma juventude missionária, organizada, ousada, autêntica, realizada, feliz, verdadeira e sonhadora;
  2. Sonhamos em reavivar, no homem e na mulher, a liberdade e a igualdade, em dignidade e direitos, tendo por base os valores do Evangelho. Que nossa vida e nossa fé nos levem a entender as relações de gênero.
  3. Uma sociedade que tenha como prioridade a pessoa humana (o ser), um projeto social claro, com condições e oportunidades para todos, sem preconceitos, com vivencia e testemunho dos valores evangélicos, valorizando a diversidade e riquezas da pessoa e da juventude.
  4. Acreditamos na presença da Trindade, Pai/Mãe que tudo criou e justifica nossa postura de respeito ao ecossistema; que é Filho, vontade revelada que encaramos como Caminho e proposta de Seguimento; que é Espírito, enviado pelo Filho e pelo Pai, instigando-nos a sermos umaIgreja-comunidade.
  5. Sonhamos com uma igreja mais apaixonada, profética, evangelizadora, acolhedora, orante, missionária, transformadora e comprometida com o Projeto de Jesus Cristo, procurando maior participação dos jovens na comunidade, valorizando o ecumenismo e com uma opção preferencial pelos pobres, adaptada às diferentes realidades;
  6. Desejamos cultivar uma espiritualidade que recupere o sentido de Deus, presente na natureza, pela encarnação, que aprenda dos pobres a viver com sobriedade e partilha e valorize a sabedoria dos povos indígenas no tocante à preservação da natureza, ambiente de vida para todos. Assim postulamos por uma ecopolítica, quecria políticas que exigem, legalmente, o cumprimento dos requisitos de defesa da natureza.
  7. Acreditamos na “Civilização do Amor” e seus valores básicos: sim à vida; sim ao amor como vocação humana; sim a solidariedade; sim à liberdade; sim à verdade e ao diálogo; sim à participação; sim ao esforço permanente pela paz; sim ao respeito pelas culturas; sim à integração latino-americana.
  8. Dizemos não: ao individualismo, à absolutização do prazer, ao consumismo, à intolerância, à injustiça, à discriminação e à marginalização, à corrupção, à violência.
  9. Defendemos primado pela vida humana sobre qualquer outro valor ou interesse; primado da pessoa sobre as coisas; da ética sobre a técnica; do testemunho e da experiência sobre as palavras e as doutrinas; o serviço sobre o poder; a economia solidária sobre a produção de riqueza; a identidade cultural latino-americana sobre outras influências culturais hegemônicas; primado da fé e da transcendência sobre toda tentativa de absolutizar o ser humano.
  10. Sonhamos com um país liberto das estruturas de corrupção, injustiça, consumismo exacerbado, com uma terra sem males, sem discriminação de raça, classe social ou qualquer forma de exclusão, que respeite as diferenças culturais e históricas, com incentive o protagonismo juvenil através das Políticas Publicas de Juventude, possibilitando ao jovem acesso a educação, moradia, emprego, etc..., evitando assim a marginalização da juventude brasileira, que os/a mesmos sejam vistos como sujeitos de direitos, que os/as políticos/as sejam sérios e comprometidos com os valores éticos, que trabalhem para uma nação mais justa, fraterna e solidária e que a cima de tudo defendam  vida  em plenitude para todos/as jovens. 

 

PARA ONDE MARCHAMOS

Quero a utopia

Quero tudo mais

Milton Nascimento

 

Queremos despertar jovens para a pessoa e a proposta de Jesus Cristo e desenvolver com eles um processo global de formação a partir da fé para formar líderes capacitados a atuarem na própria PJ, em outros ministérios da igreja e em seu meio específico, comprometidos com a libertação integral do homem e da sociedade, levando uma vida de comunhão e participação.

 

 

1 - Assumimos o objetivo geral das Pastorais da Juventude do Brasil
Revista PJ a Caminho - Juventude: identidade e pastoral – Carmem Lucia Teixeira, 2003

2 - Para quem não conhece a organização da Pastoral da Juventude do Brasil, vale a pena clarear que a  Igreja do Brasil tem o Setor Juventude, responsável pela articulação e organização da ação com a juventude. A PJB é composta pela: PJ - Pastoral da  Juventude Nacional; PJE – Pastoral da Juventude Estudantil; PJMP – Pastoral da Juventude do Meio Popular; PJR – Pastoral da Juventude Rural.

3 - Assumimos o que nossos companheiros/as do Rio Grande do Sul exprimiram em “Nossa Vida, Nossa Fé. Pastoral da Juventude do Rio Grande do Sul. Elementos para a construção do Marco Referencial”. Porto Alegre, julho de 2000. 

 

Fonte: Pastoral da Juventude: um jeito de ser  e fazer. Orientações  para a caminhada: um CORPO em construção. Org. Lourival Rodrigues da Silva. São Paulo: CCJ, 2009.

 

“Ser Jovem é descobrir o Tesouro dentro de si"

 

História da PJ

 

MÉMORIA DA CAMINHADA DA PASTORAL DA JUVENTUDE

O que a memória amou ficou eterno 

Adélia Prado

 

                Recordar e resgatar a história da Pastoral da Juventude Nacional (PJ) é um ato maravilhoso de rever lugares, pessoas, olhos e sorrisos de milhares de jovens que foram se tornando protagonistas por causa do projeto de Jesus Cristo. É um pequeno aperitivo desta ação que fez a Igreja do Brasil mais comprometida e engajada na construção dos sinais de vida.
            A história da Pastoral da Juventude começa pelos anos 70 ou, até, com a Ação Católica Especializada (JAC, JEC, JOC, JUC), nos anos 60. Não podemos negar que aprendemos muito da Ação Católica, da Teologia da Libertação, da Pedagogia do Oprimido.
No final da década de 70 e no início dos anos 80 a Igreja vivia um período de grandes expectativas, pois Medellín e Puebla trouxeram novos ares para a ação pastoral com a opção concreta pelos pobres e pelos jovens. Esta opção possibilitou ampliar o trabalho que vinha sendo desenvolvido com a juventude em movimento, para a construção de uma proposta mais orgânica. 
As dioceses passaram, então, a organizar a evangelização dos jovens em pequenos grupos (entre 12 a 25 jovens) e, para melhor acompanhar a organização e formação dos jovens, iniciou-se a articulação de encontros nacionais com o propósito de melhorar a comunicação e proporcionar o intercâmbio e a sistematização de experiências. . 
            A PJ, no seu todo, foi valorizando e incluindo em sua caminhada novas experiências de trabalho com a juventude a partir de seu meio específico: juventude rural, juventude estudantil, juventude universitária e juventude dos meios populares – o que lhe foi exigindo uma nova forma de se articular e se organizar. 
           Os encontros e assembléias tornaram-se momentos ricos de refletir sobre o acompanhamento dos jovens para a vida em grupo. Aí a Pastoral da Juventude iniciava seus famosos Seminários para Assessores, que serviram como laboratório e espaços de reflexões importantes como: o Processo de Formação na Fé, a Metodologia de Trabalho com Jovens, o mundo do trabalho, a cultura, as Políticas Públicas de Juventude, o Planejamento da Ação Pastoral, a Missão, e tantas outras discussões. 
           A Pastoral da Juventude (PJ) realizava seu planejamento e deliberação (definindo Planos de Ação, organização interna. etc.) nas Assembléias Nacionais da Pastoral da Juventude. A  partir da 11ª ANPJ (Assembléia Nacional da Pastoral da Juventude), contudo, em 1995, surgiu a PJB (Pastoral da Juventude do Brasil), uma organização onde  as quatro pastorais de juventude: Pastoral da Juventude(PJ), Pastoral da Juventude do Meio Popular (PJMP), Pastoral da Juventude Estudantil(PJE), e Pastoral da Juventude Rural(PJR) reivindicavam  participação paritária – o que trouxe muitos questionamentos para a PJ como tal. A Assembléia da PJB não era mais a Assembléia da PJ.  Essas datas são marcantes pois, a partir dela, a PJ não concentra mais sua articulação no espaço da Pastoral da Juventude do Brasil – PJB – mas decide fazer um caminho de reflexão que vai culminar em um novo modelo de organização própria, sem deixar de pertencer ao todo.
             Ao incorporar novas formas de se organizar, trouxe também momentos de conflitos e crises que possibilitou abrir a discussão sobre o melhor espaço e metodologia de se chegar até os adolescentes e jovens. Para a organização interna da PJ essas mudanças causaram principalmente dois problemas: 1 - A PJ não tinha mais um espaço próprio de deliberação e planejamento em que pudesse discutir sua articulação nacional interna e seus desafios específicos. 2 - A participação da PJ nestas Assembléias ficou reduzida, pois esta se dá de forma paritária, ou seja, com vagas distribuídas igualmente entre as pastorais e não por regionais como antes. Isso provocou um distanciamento muito grande das dioceses com a instância nacional.
             Até a 10ª Assembléia Nacional da PJ, em Vitória, cada pastoral específica (menos a PJ como tal) tinha sua organização própria com possibilidade maior de assimilar outra estrutura organizativa para a PJ do Brasil.  A PJ, no entanto, ainda não tinha sua organização própria.  Os delegados da 10ª, que representavam o que ali era chamado de PJ Geral, perceberam que, para avançar com segurança, era preciso dar tempo para que essa articulação  de PJ pudesse se organizar.  Sentiu-se a necessidade e a importância de um espaço de reflexão e entre-ajuda para os jovens da PJ, para repensar uma organização própria. Por certo tempo a PJ ficou um pouco perdida, pressionada a se tornar uma específica e criar uma estrutura própria. Este período foi, também, de intensa produção de cartas, textos e materiais de estudo sobre a identidade (sigla), missão, especificidade.  
             É nesse contexto que começaram os Encontros Nacionais da PJ, sem a participação da PJR, da PJE e da PJMP. Os três primeiros encontros nacionais aconteceram em clima um tanto tenso, de angústia, de luta e de esperança, mas que se foi aclarando com o decorrer da caminhada. Tratava-se de uma busca de identidade e de inserção na caminhada de conjunto das outras pastorais de juventude. 
Nesta caminhada a Pastoral da Juventude celebra e reconhece o apoio, a presença e o acompanhamento que a organização recebeu ao longo do tempo. Merece destaque aqui a presença efetiva da organização da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, no Setor Juventude, seja através dos bispos acompanhantes das PJs ou dos assessores e assessoras. 
           Junto a essa presença e apoio, figura-se com muita importância os centros e institutos de Juventude, que através da Formação, Assessoria e Pesquisa, sempre se colocaram como estrutura de apoio à organização das Pastorais da Juventude.

 

Fonte: Pastoral da Juventude: um jeito de ser  e fazer. Orientações  para a caminhada: um CORPO em construção. Org. Lourival Rodrigues da Silva. São Paulo: CCJ, 2009.

 

Nossos Usuários

Nessa seção você pode descrever os usuários típicos e o porquê de esse projeto ser importante para eles. É interessante motivar seus visitantes assim eles irão retornar ao seu site.

Pesquisar no site

© 2011 Todos os direitos reservados.